terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Inventário XBLIG - NOV/DEZ 2011

Os meses de Novembro e Dezembro foram uma festa para jogos de nave na XBLIG. Muita coisa foi desovada, mas infelizmente o nível de qualidade não acompanhou a quantidade.

Eis uma passagem rápida sobre cada um deles:

StarBeam (lançado em 2-NOV-2011, 80 MSP)
Clone de Defender com visual de desenho animado e música idem. O ritmo é mais lento mas a jogabilidade permanece a mesma, com quatro fases subdividas em várias seções cuja dificuldade aumenta gradativamente. A barra de energia é sua única vida, quando ela se vai é GAME OVER sem dó.
StarBeam não tem nada de especial, mas é uma boa opção para quem tem saudade do clássico.



Claustrophobia (lançado em 4-NOV-2011, 80 MSP)
Zumbis, hein? Em mais um jogo arena? Minha nossa, que coisa fantástica!!!
A piada já quase perdeu a graça, não é mesmo? Esse aqui é mais cadenciado, com um ritmo meio em câmera lenta, e a mesma toada de mais uma pancada que aparece mais abaixo no texto. Você ganha armas e upgrades adicionais cada vez que completa 10.000 pontos, tirando isso é só ficar pegando os itens que os zumbis deixam para trás depois que morrem.
Pra variar, há somente uma tela e nenhum sinal de que existe algo mais. Alguém teve paciência para verificar? Se ficarem esperando por mim vão esperar sentados...

Iron Core (lançado em 8-NOV-2011, 80 MSP)
Vertical básico que, ao que tudo indica, só tem um modo de jogo tipo score attack. Só que o botão de tiro fica no RT (R2), sem qualquer opção de autofire. Aí fica difícil, hein? Há três tipos de armas especiais, mas o modo como elas funcionam não é muito intuitivo, parece que elas são mapeadas diretamente aos botões mas na maior parte das vezes não funcionam. Ou eu fui preguiçoso demais para tentar aprender, pode ter sido isso.
Em suma, eu prefiro outro tipo de Core, se é que vocês apreciadores de jogos de nave me entendem.

You're All Diseased! (lançado em 10-NOV-2011, 80 MSP)
Mais um arena exploratório extremamente colorido e de jogabilidade simples: movimente-se com o analógico esquerdo, atire com o analógico direito. A ação não chega a ser rápida, mas os inimigos são implacáveis. Tá certo que você é uma célula branca atuando em desefa de um organismo contra todo tipo de infestação maligna do sangue, mas é preciso muito cuidado para não morrer rapidinho. Numa comparação rasteira, You're All Diseased! é a versão cômica e light de Microbot, lançado anteriormente para PSN e XBLA. E pelo menos um quesito o joguinho da XBLIG é melhor que o irmão mais rico: a música é simplesmente fenomenal!

Zombie Slaughter Is Fun (lançado em 10-NOV-2011, 80 MSP)
Em vista das porcarias envolvendo zumbis que estão espalhadas neste post, este aqui quase parece decente. O estilo multidirecional confinado jamais sai do lugar, e é uma pena que o jeito até divertido seja limitado pela casualidade e pobreza crônicas do pacote. Não há fases e o jogador está condenado a nunca sair daquele pequeno espaço. As armas são as mesmas de sempre, e a vozinha da moça que apresenta os upgrades até que é agradável: uma boa ideia jogada fora em mais um desperdício de espaço em HD.


Star Defender (lançado em 25-NOV-2011, 80 MSP)
Primo pobre de Geometry Wars, Star Defender é simples em tudo. Detone objetos que voam sem rumo pelo espaço sideral e crie vórtices gravitacionais para atraí-los e tentar fazer mais pontos. A música é bacaninha até para quem não curte a vertente eletrônica, mas há um completo descaso com a pontuação - apesar dela ser indicada, o demo nem te deixa ver quantos pontos você fez após morrer sua única vida.
Para passar o tempo de forma acerebrada há opções melhores e piores, fica ao gosto do freguês.

Rise of the Mummies (lançado em 26-NOV-2011, 80 MSP)
Os gráficos são bem bobos e a única coisa que dá para experimentar em Rise of the Mummies é o modo Survivor. Teoricamente, o modo Arcade traz mais fases depois que você decide comprar o jogo, mais um dos inúmeros arenas confinados que infestam a plataforma XBLIG. As opções de armas são até interessantes, e incluem uma lanterna para retardar os mortos-vivos, um boneco para despistá-los e um lança-chamas.
No final das contas, Rise of the Mummies é indicado somente para quem tem paciência com coisa bem sem-vergonha.

TurboRocket 2 (lançado em 28-NOV-2011, 240 MSP)
Lançado menos de seis meses depois do primeiro (resenhado aqui mesmo, neste magnânimo blogue), TurboRocket 2 pelo menos elimina as bobagens que faziam o jogador passar 50% do tempo esperando o jogo carregar. Infelizmente, não aprenderam a lição de jeito nenhum, e mais uma vez ficamos sem qualquer sistema de pontuação. Ao invés de darem vidas infinitas dessa vez há somente uma vida, e um reles toque numa parede significa nada menos que GAME OVER. Há dois modos de controle, por gravidade e twin stick, e oito fases com possibilidade de até quatro jogadores na mesma tela.

NanoSquad (lançado em 28-NOV-2011, 240 MSP)
NanoSquad pode muito bem ser chamado de "jogo dos desesperados". Peguem tudo o que existe de errado em matéria de jogo de nave horizontal e misturem com alguma bobagem de upgrade de poder à la RPG e voilá! Uma bagunça sem precedentes, com tiros em excesso, armas idiotas e inimigos sem personalidade. Morra e continue jogando sem parar, com vidas infinitas. Se quiser, chame três outros masoquistas e tente fazer tudo de quatro (pessoas).
Sinceramente, esse aqui parece ter sido feito por um grupo de retardados mentais.

Orbitron: Revolution (lançado em 1-DEZ-2011, 240 MSP)
Mais uma legítima cria do clássico Defender, Orbitron: Revolution impressiona pelo zelo gráfico acima da média. A ação e o conceito não mudam: scroll bidirecional horizontal e um radar que mostra o posicionamento dos inimigos garante a destruição ininterrupta de alienígenas lazarentos. Há três modos de jogo, mas apenas um deles está liberado no demo, um time attack de três minutos. O segundo modo é parecido, com possibilidade de extensão do tempo, enquanto o terceiro modo é um jogo sem fim. É possível assistir aos replays das partidas, e de acordo com o desenvolvedor um update com melhorias expressivas está para sair a qualquer momento.
Que pena que é um jogo de nave casual, sem variação nos gráficos. Seria fantástico se ele tivesse fases.

Dragons Vs Spaceships (lançado em 1-DEZ-2011, 240 MSP)
O dragão que é o personagem principal deste jogo de nave vertical é até bonito, com sprites que se movem como se estivessem ao vento. Pena que a jogabilidade seja truncada, o autofire seja ridículo de tão reduzido e o armamento que utiliza itens combinados seja um pouco confuso. Os gráficos são decentes e a ambientação não faz feio, mas por que é tão difícil para esse pessoal acertar no ponto que mais importa em jogos de nave, que é a jogabilidade?


STG VS (lançado em 7-DEZ-2011, 80 MSP)
Esse aqui é uma piada.
Desenvolvido para até quatro jogadores, STG VS é nada mais, nada menos que uma versão jurássica de Senko No Ronde. OK, apelei agora, mas a ideia é a mesma: controle um personagem e duele contra outro(s) numa arena fixa.
O problema de STG VS é que o joguinho é tão básico que dói. Os gráficos são estáticos, a música é só uma mesma coisa disforme com uma mulherzinha cantando ao fundo e o desafio para um jogador é uma vergonha. Eu completei ele só com a demo, e fico a imaginar o que mais haverá no jogo completo além dos dois personagens extras que aparecem como "?" no menu. Taí um troço curioso de tão básico.

Firefly Vegas (lançado em 16-DEZ-2011, 240 MSP)
Olhem só, mais um clone descarado de Geometry Wars! Por que será que não estou surpreso?
Firefly Vegas copia o jogo da Bizarre Creations até o tutano, dando um jeito de remodelar os gráficos para parecer diferente o suficiente e não ser acusado de plágio. Pelo menos a execução é decente, com uma jogabilidade fluida, muitas cores, muitas partículas voando e ação rápida. Uma diferença pequena é nos itens de pontos, que são sugados para a nave automaticamente quando você pára de atirar. Há modos de tempo restrito e de jogo infinito, sendo possível ainda fixar a nave no centro da tela (não gostei desse).

Attack of the Zombie Horde (lançado em 21-DEZ-2011, 240 MSP)
Faltou pouco, mas muito pouco para esse jogo se tornar memorável. Em primeiro lugar, a ambientação, a animação do personagem principal e a grande quantidade de armas e upgrades são ótimos pontos positivos. Há uma leva boa de sangue e tripas, e a pontuação é substituída por dinheiro que você usa para comprar armas.
Infelizmente, o jogador está confinado a uma mesma área sobre a neve, sem qualquer mudança no cenário. Seria tão difícil criar mais umas três ou quatro telas e dar uma cara mais bacana ao título? Uma pena, realmente.

Game Type (lançado em 21-DEZ-2011, 80 MSP)
Desenvolvido a jato pela mesma empresa que fez Shoot 1UP, Game Type tira sarro da nova interface da Xbox Live e da dificuldade em usá-la para encontrar os jogos. A mulherzinha da capa, um cópia fiel do desenho da interface da Microsoft, é o avatar do jogador, que enfrenta uma infinidade de inimigos amalucados numa série de loops cada vez mais difíceis. A jogabilidade é inspirada na Cave, com tiro desacelerante e dinheiro que é sugado quando a personagem pára de atirar. Seria ótimo se a ideia fosse expandida para um jogo completo, mas do jeito que está até que dá para o gasto.

EchoSpace (lançado em 23-DEZ-2011, 80 MSP)
Vou ser sincero: nunca vi algo como EchoSpace, que quebra paradigmas ao apresentar um novo modo de jogo, completamente original. Aqui você não atira, e sim controla uma esfera de energia conectada à nave por um elo de eletricidade. Tudo no jogo gira em torno deste conceito, com inimigos variados, uma profusão de cores e um nível de dificuldade bastante acirrado.
Só tem uma coisa que o desenvolvedor esqueceu: pontuação. Caramba, que coisa mais broxante, isso praticamente mata minha vontade de jogar. EchoSpace é um título teoricamente perfeito para um sistema de score matador, mas tudo o que ganhamos é um grande, belo e divertido elefante branco.

Invasion One (lançado em 26-DEZ-2011, 80 MSP)
Por mais que eu tente, não consigo me lembrar agora do título de Atari 2600 que inspirou Invasion One, um jogo onde você é o alienígena malvado que veio à Terra preparar o planeta para a invasão dos ETs. Sua missão é destruir vários cenários urbanos em orientação vertical e sugar os humanos para moê-los dentro do disco voador.
Apesar da simplicidade, Invasion One tem uma variedade básica de armas e até tapeia como passatempo sem-vergonha, mas a ausência de um sistema de pontuação não anima ninguém a experimentá-lo.

Ascension (lançado em 30-DEZ-2011, 80 MSP)
Para encerrar a leva do ano, eis mais um vertical vagabundo com mira no analógico direito. Não há power-up nenhum, os tiros são de uma lerdeza de dar sono e, pra variar, este é mais um jogo de nave sem um sistema de pontuação.
Sinceramente, não dá vontade de avaliar uma porcaria dessas como zero e mandar uma carta malcriada pra esse pessoal que desenvolve para XBLIG?
Puxa, até eu faria algo mais decente que essas merdas sem pontos. 1 ponto por inimigo, 10 pontos, é pedir muito?

Como diria Robin... "Quanta mediocriade, Batman!"

É triste ver que, numa leva de 18 jogos, não dê para recomendar nenhum sem uma ressalva ou outra, com exceção talvez de You're All Diseased! e StarBeam, o primeiro por causa da música bacanérrima. Oito deles desprezam sumariamente qualquer sistema de pontuação. Se você é fã de jogos tipo score attack e caravan, Game Type e Orbitron: Revolution são uma boa pedida. Firefly Vegas não faz feio para quem não rejeita um clone de Geometry Wars, e STG VS serve como piada para fazer graça entre os amigos, mesmo somente com a demo.

Cuidado, Zombie Snowmen e Jawsome são enganações.

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